domingo, 16 de outubro de 2011

Cruz Vermelha vai ter centro de recuperação para dependentes químicos em Cáceres



Foto: Ilustração
A Igreja Católica atende anualmente mais de 2 mil dependentes químicos entre 15 e 45 anos por meio das 44 Fazendas da Esperança no país. Cerca de 300 voluntários trabalham para auxiliar o funcionamento das 44 unidades - sendo 34 masculinas e 10 femininas.

Apesar de não ter o número de homens e mulheres, o assessor de imprensa da Fazenda da Esperança, Mauricio Araújo, afirma que a maioria das pessoas em tratamento são homens. Em 25 anos de trabalho, mais de 10 mil pessoas já foram atendidas.

O período de tratamento na Fazenda Esperança é de um ano. Elas podem ter contato com a família a partir do terceiro mês de internação. "A Fazenda pede aos jovens que voltam a sociedade para fazerem uma experiência de viver sóbrios. Muitos, depois desse tempo, retornam como voluntários a fim de dar de graça o que receberam de graça", afirmou Araújo.

Segundo ele, há casos de desistências durante o tratamento, mas não há números oficiais porque a fazenda não costuma fazer pesquisas diárias do trabalho.

Durante a recuperação, as pessoas em tratamento vivem do próprio trabalho. "Sua produção compõe uma cesta, que a família revende na sociedade ou adquiri para seu consumo. Assim, a família é envolvida no processo de recuperação"

É em cima deste modelo, e com o apoio da Igreja Católica, e também de muitas outras instituições, que a Cruz Vermelha de Cáceres está iniciando um trabalho para construir aqui um Centro de Recuperação de Dependentes Químicas, com capacidade de atendimento para 100 pessoas, sendo 50 do sexo feminino e 50 do sexo masculino, abrangendo os municípios de Poconé a Comodoro. Jair Aparecido da Silva, presidente da Cruz Vermelha em Cáceres, afirma que o projeto está sendo elaborado e a obra deverá consumir em torno de R$ 2 milhões.

"Muitas pessoas já se prontificaram a ajudar. A diocese de Cáceres, a Casa Civil do governo do Estado, a Universidade do Estado de Mato Grosso, a Prefeitura através das secretarias de Saude e Ação Social. Estamos em fase embrionária, mas já dando os primeiros passos. No dia 5 de novembro, faremos uma promoção para angariar fundos, um jantar ao ar livre e com atrações, o "Costelão Beneficente".

Jair afirma que a idéia surgiu devido a situação geográfica de Cáceres, cuja área de fronteira facilita a entrada da droga. O jovem primeiro é levado ao vício e depois, usado como "mula", entrando para o mercado da droga. São vida dopadas, uma realidade muito triste e que tem que ser mudada.

Jair informa que o projeto será executado através de uma gestão compartilhada. O local contará com salas de aula, salas de cursos profissionalizantes, biblioteca, complexo esportivo incluindo quadras e piscina,recepção para as famílias, artesanato, alojamentos feminino e masculino, granjas, piscicultura, criação de gado leiteiro, horta."Os atendidos terão tantas opções, que não irão querer sair do local, tenho fé nisso "-diz, entusiasmado.o projeto está aberto para aqueles que quiserem ajudar. o site da Cruz Vermelha em Cáceres é cvbcaceresmt@hotmail.com, e o celular para contato 9938-9196 (Jair).

A Cruz Vermelha tem em Cáceres 540 voluntários cadastrados. São pessoas de todas as camadas sociais e de todas as profissões, sempre prontos a ajudar em situações emergenciais e eventos de cunho social, especialmente na área de atendimento médico e ajuda humanitária.
O Centro de Recuperação, nos moldes a ser criado, será o primeiro da Cruz Vermelha no Brasil.

O que é a Cruz Vermelha:

Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência ou calamidade e risco.

Com sua sede em Genebra, Suíça, possui um mandato da comunidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional Humanitário, além de ser o órgão fundador do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No seu constante diálogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no seu caráter neutro e independente. Somente sendo assim, livre para atuar de forma independente em relação a qualquer governo ou a qualquer outra autoridade, a organização tem condições atender aos interesses das vítimas dos conflitos, que constituem o centro da sua missão humanitária.

Por: Clarice Navarro Dióorio em 16/10/2011 09:21:31

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